sábado, 28 de agosto de 2010

Questões Políticas



Uma das partes importantes da minha vida é, sem dúvida, a política.
A política costuma ser apelidada pelos Portugueses como "antro de corrupção" e "são todos uns mentirosos, só estão lá para encher os bolsos". Tudo bem, respeito essa opinião, e em parte concordo com a mesma. Agora, a pergunta impõe-se : Porque é que andamos nesta dualidade partidária que nos assola há mais de 3 décadas? Quando chega a altura de votar, onde estão as pessoas que apelidam de ladrões e corruptos os políticos? A resposta é simples: a votar nos mesmos de sempre, nos rosinhas e nos laranjinhas.
Se há coisa que se pode notar na minha personalidade é a de ser sempre do contra, e como tal, neste aspecto da minha vida não deixo de ser diferente. Eu acredito que Portugal pode ser melhor do que aquilo que é, e luto para que isso mude; uma das formas de luta e de mudança que eu compreendo serem necessárias para Portugal passa pelo Partido Comunista Português.
 A minha aproximação ao PCP veio de uma forma natural. Cá em casa, há uma simpatia extrema pelo PCP/CDU. Os meus pais pertencem aos milhares de trabalhadores portugueses que trabalharam uma vida inteira, com condições razoáveis de trabalho, mas sempre com poucas esperanças e  curtas aspirações a nível profissional, e com isso nunca conseguiram atingir um nível de vida - que, num país dito 'normal' seria totalmente justo após tantos anos de trabalho - muito elevado.
 Na escola secundária, ao estudar História e ao assimilar por ordem cronológica todas as injustiças que houve no Mundo, devido a uma dicotomia exageradamente simples: os opressores e os oprimidos (talvez esta expressão seja demasiado forte para algumas mentes mais sensíveis, mas após uma busca não muito longa na História mundial consegue-se ver perfeitamente que sempre houve exploradores e explorados) a minha impaciência para aceitar essas injustiças revelou-se algo complicada para mim. Complicada porque as dúvidas - " porque é que isto tem de ser sempre assim ? " - acumulavam-se cada vez mais na minha cabeça, e a resposta não vinha de forma clara e coerente. Comecei por ler as ideologias de todos os partidos políticos (em traços gerais), e achei que a que mais se adequava àquilo que procurava e que sentia era o PCP.
Acredito verdadeiramente num Estado social, onde o Estado tenha o papel de protector dos cidadãos, tendo a justiça social como principal objectivo a alcançar. Não acredito na total colectivização de todas as indústrias e da apropriação estatal de todos os negócios que se processem no País, pois creio que isso é uma das formas de restrição das liberdades individuais -  ainda bem que o PCP já não defende isso.

Mais tarde aprofundarei as minhas convicções políticas, neste mesmo sítio - se bem que a uma hora diferente.

Até à próxima.

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