segunda-feira, 14 de novembro de 2011

2 fast 2 furious

Oiço a Serenata Monumental de Coimbra e penso que não é justo que tudo tenha passado tão rápido.
Lembro-me vagamente do 1º dia de escola primária: da mala azul clara, dos beijinhos afáveis dos meus pais, do toque terno da professora L., das balizas já velhas e gastas e de uma rampa que nos levava às salas de aula. 
Lembro-me da ânsia pelo desconhecido da escola preparatória, lembro-me da primeira 'cueca' que levei no campo de futebol logo no 1º dia de aulas, lembro-me dos 3 campos, lembro-me da biblioteca, lembro-me de alguns professores, lembro-me do cheiro da sala de Ciências e lembro-me das filas intermináveis para o refeitório. Lembro-me das horas de almoço a jogar futebol, lembro-me dum festejo de um golo, lembro-me da escola inteira assistir aos inter-turmas. Lembro-me dos 100% vaidosos e daquele 51 % num teste sobre fósseis...
Lembro-me do crescimento que foi o secundário. Lembro-me da proximidade geográfica, da escola com mau aspecto, dos colegas inicialmente pouco amistosos e de alguns primeiros intervalos na biblioteca. Lembro-me do sucesso dos exames, lembro-me da escolha do curso.
Lembro-me de entrar na faculdade e pensar "já?"


Sinto a frustração de querer ver o relógio parado e ver o ponteiro dos segundos a andar à roda interminavelmente. Faz ainda barulho, que serve de testemunho a outro tipo de sentidos que isto passa rápido e rápido.

20 anos e (quase) 2 meses.

O meu nome do meio devia ser Peter Pan.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

better man

i am a sinner but i wanna be a better man

alimentar instintos naturais
dizer olá, tudo bem e outras coisas mais
dizer que sim e que não a tudo o que mexe
não será mais do que passar neste teste

curiosidade insana de conhecer
olhar mais além, não ficar por aqui
querer olhar, avistar e ter
algo que me deixe por ali

saltando de poça em poça,
porque quem anda à chuva molha-se
leva tudo o que quiseres
não me deixes sem resposta

algo de jeito não consigo
falta-me jeito quiçá inspiração
só sei que não preciso nem precisarei
de qualquer tipo de pontuação

terça-feira, 25 de outubro de 2011

olé !

limitação ética e moral
leva a confusão.
relativismo cultural :
certo ou errado?
aceitável ou deplorável ?
faz parte, é natural.
cabeça controla tudo !

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

" adivinha quem voltou "

1 mês e meio depois ...


voltei !

há de existir algo positivo no meio disto tudo, por certo. Há de existir algo que me faça crescer no meio disto tudo, por certo.
Senão, estarei redondamente errado.
E não estou, ou pelo menos não quero estar.

Bem-vindo brainstorming, confesso que não tive saudades tuas.

domingo, 28 de agosto de 2011

1 ano - 28 de Agosto de 2010 até 28 de Agosto de 2011

Faz hoje um ano que criei este blog.
Escrevo este post à medida em que os pêlos dos meus braços se arrepiam lentamente, de forma completamente oposta à passagem do tempo, veloz e ágil.
A verdade é que já passou um ano. Já passou um ano e disse tanta coisa. Tanta coisa dita, de maneira mais positiva ou negativa, mas sempre com imenso conteúdo. Cada post que fiz tem conteúdo que foi importante para mim despejá-lo aqui, fizesse ele muito ou pouco sentido. Cada letra que pressionei foi escrita com um sorriso na cara, com dúvidas, com receios, com anseios e com tristezas próprias de um jovem que está a crescer. E considero que este verbo é ilustrativo deste ano que passou. Um ano de crescimento.
Olho para trás e vejo que não consegui ser constante e regular. Nunca consegui estar muito tempo seguido feliz, mas também nunca consegui estar muito  tempo triste. A razão para esta montanha-russa é o eterno conflito interno que existe dentro de mim e onde batalham ferozmente a racionalidade e a emoção. O preço desta luta é a irregularidade dos meus posts, é a incerteza dos meus sentimentos, é a dubiedade dos meus pensamentos.
Por vezes nem eu sei bem o que sinto, o que digo ou o que faço. Será que sei quem sou e que sei para onde quero ir? Será este o caminho certo? Perguntas são mais que mil, respostas é igual a zero. Zerinho redondo.
Seja como for, venha mais um ano de crescimento, e que eu consiga, tal como até agora, ver o lado bom da vida e a aproveitar.
Estar vivo é a maior dádiva que qualquer ser pode ter.

1 ano de Magias & Utopias: obrigado aos que, de forma consciente e até inconsciente, fizeram parte dele.

domingo, 21 de agosto de 2011

best ... in the world

"Só com humildade se pode reconhecer o limite da nossa incompetência, e, assim, suplantá-lo sucessivamente."

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

sea, sand and sun


Queria ter-te perto, sentindo-te ao longe
O suficiente para não sufocar,
Algo seguro e maciço
Algo que não me deixe a divagar.

Viajando e sentido,
Ao ritmo da natureza,
Vendo as folhas caindo
Sob um manto de realeza.

Instintos que me perseguem,
Fazendo sentir-me vivo,
Um atalho certo e discreto
Como a abertura de um livro.

Uma aventura a experienciar
Um caminho a percorrer
Encontrar algo intacto e puro
Algo que não precise de mexer

Mexer p'ra que? Vivenciar o que?
Sonhar com algo nunca visto
É ridículo e eu sei bem  porquê..

Encontrar algo perfeito?
Ingenuidade ou ambição?
Não sei nem quero saber
Não quero algo sem razão!

domingo, 31 de julho de 2011

título original

Encaro a minha vida com a naturalidade que a natureza possui.
Sinto os dias e as horas a passarem por mim de forma ingénua e apressada; arrepio-me com uma brisa fresca que passa e me gela o corpo; alegro-me com a invasão de um raio do sol no meu olhar; arrefeço com a chuva que molha a minha pele; enfim, vivo a vida.
Nada será gravemente urgente o suficiente para que nos tenhamos de preocupar a sério com essa problemática. Encarar a vida de frente, com uma postura amigável e afável, aproveitar cada coisa boa que esta mesma nos traz e tentar usufrui-la ao máximo. Aproveitar estar vivo. Aproveitar estar no planeta Terra e poder gozá-lo de milhares de maneiras possíveis para que este se torne num sitio marcante.
O equilíbrio é feito, também, de forma bastante natural. Alegrias, tristezas, choro, gargalhadas, lágrimas de euforia e lágrimas de desespero: tudo acaba da mesma forma como começou, de uma forma repentina e temporal. Parece que tudo tem a sua razão de ser, não é? O destino? Deus? Uma outra entidade divina e superior? Quem controla isto? Este vaivém de emoções e de estados de espíritos que assolam a mente do ser humano e que fazem a vida valorizar-se a si própria?
Porventura nunca saberemos a resposta a essa pergunta, dado que somos incapazes de controlar isso, somos incapazes de saber tudo, de descobrir tudo, mas nunca saberemos entender o sentido da vida, porque é que ela é assim, como é que foi criada ou qual o seu propósito?
Até lá, resta-te sorrir a cada momento feliz, resta-te simplificar o processo da vida – que é bem complicado por si mesmo -, resta-te fazer o que te deixa entusiasmado, com aquele friozinho na barriga e com aquele conforto interior. Tudo o mais não importa – só tu, neste momento.

sábado, 30 de julho de 2011

comboio

No silêncio da noite eu projecto sonhos,
sonhos que são construídos nas nuvens:
massas de ar e de imaginação
inalcançáveis por natureza.

Talvez a vida não me leve onde eu desejo,
talvez não mereça nada e não consiga tudo;
todavia, tudo farei apenas por um beijo
aquela coisa que me leva à plenitude.

O mundo é mudança, já dizia o poeta
A vida também é  assim, explica o cidadão.
Procuro algo que me complete,
aquela coisa que me dificulte a respiração.

Acompanhado disso estarão, por certo, as expectativas:
malvadas e cruéis acompanhantes das relações humanas,
é algo inerente às nossas vidas,
é parte integrante das artes mundanas.

Triste mundo de representações pitorescas e simbólicas
enclausuradas e limitadas por frases-chavão,
onde está algo sincero e tranquilo?
Estarei perdido nesta imensidão?

Neste oceano eu nado com uma direcção
pseudo-definida e pseudo-pensada
Divago solitariamente na indefinição
à procura da luz da perfeição.

As palavras parecem-me sempre insuficientes
para expressar o que sinto ou para dizer o que penso
queria algo incisivo e aguerrido
como um simples acidente em que saio ileso.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

" mas viste, ou fui só eu !? "

sou a melhor pessoa do mundo. Sou o gajo mais bonzinho que conheço. Sou o gajo mais porreiro que existe.

amén

terça-feira, 26 de julho de 2011

gimme

Pega na minha mão e vem comigo. Entrelaça os teus dedos nos meus e faz força. Sente a segurança das nossas duas mãos fechadas caminhando assertivamente num caminho ziguezagueado. Sente o vento a bater na cara e o corpo a arrepiar. Sente cada raio de sol que nos atravessa a alma e sorri. Sorri porque este é o momento. Alegra-te por estarmos juntos e sentir o tempo a passar, a natureza a reciclar-se e a vida a crescer. Não sei se o caminho certo é este, mas esquece isso, continua. Continua e não olhes para trás, não te refugies em erros no passado e aproveita este novo mundo! Segue a linha do horizonte e anda. Anda como se fugisses de algo e quisesses agarrar algo. Não largues a minha mão que eu não sei chegar lá sozinho. Não te vou deixar tremer, não te vou deixar cair, não te vou deixar vacilar - segura bem a minha mão. Não tenhas medo da pressão, inspira bem fundo, acelera o passo - corre se for preciso!

Corre e chega-te mais perto.
mais

mais..

e mais!

sábado, 23 de julho de 2011

trolol

Acordo ensonado num mundo que não parece o meu. Fui eu que o fui criando ao longo deste tempo? Seleccionando pessoas que quero próximas de mim, escolhendo momentos que quero partilhar, optando por situações favoráveis à minha felicidade; Tenho em mim a confusão imensa dos grandes de espírito e de inteligência e não consigo expressar o que sinto. Colocar por palavras a minha mente seria um feito inolvidável, só ao alcance dos ditos grandes. A imersão de pensamentos subsequentes que me atola o corpo e a alma seria facilmente diluída se a conseguisse escrever, dando traços de definição a algo inconclusivo, por natureza.
É uma montanha-russa de emoções que variam de minuto a minuto e dia para dia. Aspirações e desejos são inconstantes, assim como vontades e quereres que se transformam numa perdição labiríntica inacabada e da qual não consigo sair porque não sei o que pensar ou o que sentir.
É claro que a relativização dos processos mentais em que vivo fazem com que me sinta tranquilo, mas de facto não me consigo descontrair perante tamanha onda gigantesca de informação cerebral que vai esbarrar num corpo humano indefeso e que só é guiado pelos cordéis da imaginação, da criatividade e da emoção.

Não desejo a ninguém ser estúpido como eu.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

wazzaaaa

Se tenho medo? Claro que tenho. Mas a ansiedade e a ingenuidade que em mim correm livremente são suficientes para aniquilar qualquer receio que me possa aterrorizar o futuro. Não sei como é, nunca vivi, é-me completamente desconhecido. Porém, a certeza de que viver algo de novo será fulcral para novos ensinamentos deixa-me extasiado, eufórico e irrequieto.
Mal posso esperar, para que, se tiver de acontecer, seja a melhor coisa da minha vida.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

1 day

Um dia adoraria poder dizer tudo aquilo que sinto, sem restrições nem incovenientes, sem limitações racionais e obsessivas. Poder sair à rua e gritar tudo aquilo que corre por dentro de mim, sem medo de magoar alguém, sem medo de sofrer e de viver.

Sou um Fernando Pessoa reles.

terça-feira, 5 de julho de 2011

páginas em branco
sem nada por escrever
vida é mesmo isto
é dar e receber

sabes que tudo virá um dia
fruto de um improviso
pensado, planeado
real e vivido

no desconhecido vives
quieto e amorfo
a espera de algo que
que tu concretizes

concretizar para quê?
há tanto tempo ainda por viver
pra quê pressa, pra que correria?
talvez tenhas medo que isto não apareça um dia

aparece mais cedo do que pensas,
dizem-te, tentando tranquilizar a cena
mas tu so nao querias viver
neste estupido dilema

deixa a cena rolar
há coisas que tu nao controlas
fica-te por aí quietinho
que o mundo anda e não rebola

vive na ansia do desconhecido
vive no palpitar do coraçao
vive no precipicio do mundo
e sem medo de ouvir um não

abre asas, voa, sonha
quem sonha sempre alcança
como num baloiço
uma criança balança

sao versos sem rima
é uma história sem sentido
talvez a vida seja mesmo isto

Um texto que rima encruzilhadamente nos seus paragráfos, pontos e vírgulas. Acentos acentuam os momentos, letras simbolizam pessoas e palavras lugares. Tudo se conjuga harmoniosa e misteriosamente nos bens mais sagrados de todos: na liberdade e na vida.

4 de Julho, desejos e sonhos a mais para uma só realidade

quarta-feira, 29 de junho de 2011

trques de cinema

Vives numa gaiola de emoções,
Não deixas que alguém se aproxime.
Puxas dos galões,
e fazes com que algo rime.

Estás só, submerso e amargurado.
O tempo vai passando, e a vida também.
De seguida, sentas-te um bocado
como se tivesses a procurar alguém.

Observas atentamente tudo o que te rodeia
Tentas perceber o que a vida te traz
uma proeza escrita numa epopeia
acutilante, astuta e mordaz.

Tudo o que aparece são fragmentos,
pedaços de uma perfeição inexistente.
Buscas algo completo, recheado e intenso;
Algo que te entusiasme mentalmente.

Mas, entretanto, deambulas de rua em rua,
da noite para o dia, da tarde para a manhã
Nada se assemelha verdadeiramente ao que buscas
Encontrarás, por certo, mais logo ou amanhã.

Amanhã é um novo dia, uma nova luz, um novo caminho!
Tudo surgirá de forma natural
De maneira violenta ou quiçá de mansinho.

A tua tarefa?
Torná-la tua, moldá-la e adaptá-la à tua imagem,
Para que esse oásis deixe de ser apenas uma miragem.

terça-feira, 14 de junho de 2011

If ' s

Se eu pudesse ser mais do que um sonho
Se eu pudesse dizer mais do que te digo
Se eu pudesse dormir mais que este sono
Se eu pudesse ler mais que aquele livro...
Se eu pudesse correr mais do que corro
Se eu pudesse cortar-te com palavras
Se eu pudesse gritar socorro
Enquanto saltito nestas caminhadas...
Se eu tivesse um mapa
ou se soubesse a direcção
chegaria lá muito mais rápido
sem precisar de ar quente e de balão.
Se eu pudesse respirar melhor,
Se eu pudesse inalar mais oxigénio,
Se eu pudesse mudar de voz
como se tivesse engolido hélio...
Se eu pudesse ser diferente,
pensar, agir, dizer e sentir,
viver uma nova vida!
como se buscasse aquela coisa
que está efectivamente perdida!

Nada seria igual ao que hoje é:
mera realidade realistíca
pesada, pensada e penosa.

Tudo seria perfeito!
nada seria igual,
porventura algo desfeito
nesta utopia presencial.

domingo, 12 de junho de 2011

More than words

Se tudo fosse simplesmente feito através de palavras, tudo seria mais fácil. Para que servem as palavras? Para as amontoarmos organizadamente em frases que, supostamente, têm de fazer sentido? Ou apenas servirão como meros mecanismos de defesa para contra-atacarmos quando nos sentimos demasiado expostos e frágeis?
De que servem as palavras? Compromisso? Ressalva de algo? Qual é a sua validade? Nenhuma. Podemos dizer o que quisermos, podemos articular letras coerentemente encaixadas, podemos gritar ou sussurrar... Mas para que servirão? Quais são os fins das mesmas?
Levam-te para um mundo imaginário, onde tudo é perfeito, tudo é idílico e paradisíaco. O mau não encaixa neste retrato pitoresco e perfeito que desenhamos em conjunto - não há tempo nem espaço para ele, nem mesmo disposição. Neste mundo paralelo criado pelo disparo de palavras sentidas e ingénuas, só há espaço para a felicidade, para o conforto e para a imaginação. Imaginação que é também dada pelas palavras que proferimos inconscientemente, como se de um sonho se tratasse. Não há espaço para amarguras, mágoas ou desilusões; os sorrisos riem-se ao ritmo de gargalhadas alucinantes, destemidas e apressadas dadas pela sensação de lugar perfeito que vivemos, que queríamos estar, vivenciar e experimentar, mas ao qual não podemos alcançar, porque, simplesmente, as palavras não são suficientes.
As palavras são só um complemento à nossa realidade, que é feita de atitudes. Atitudes concretas, reais e terra-a-terra. Funcionam como bastonadas que desfocam o sentido de perfeição que as nossas palavras indicaram, trazendo-nos de volta à infeliz realidade. Basta uma atitude para aniquilar uma palavra. 
Palavras, por mais belas que possam ser, não são a refeição diária que os seres humanos necessitam; quanto muito são o sal com que  apimentamos a nossa vida, as nossas conviccões, pensamentos e até mesmo a nossa consciência.
Gostava de viver num sitío onde as palavras fossem suficientes para me acalentarem a perfeição que ambiciono, mas sei que tal é impossível. Resta-me encontrar um local onde as palavras andem de braço dado com as atitudes, de uma forma harmoniosa. Sei que está longe, sei que é difícil, sei que até pode ser impossível. Mas enquanto a ideia for esta, as palavras estarão lá para me acompanhar na viagem até à utopia idealizada, à utopia desejada, à utopia sentida.

"more than words is all you have to do to make it real"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"para sempre" - É que nem de propósito

Dizer "para sempre" é demasiado arriscado. Não saberemos se conseguimos manter essa verdade por muito tempo, e por dois prismas diferentes. O primeiro é que existem situações na vida em que nós somos completamente impotentes de controlar  as adversidades que se opõem perante nós e não temos de fazer mais nada a não ser aceitar - de forma mais tranquila ou exaltada - essas mesmas adversidades e seguir para a frente.
O segundo prisma é que, para além desses factores exógenos incontroláveis, existe o principal problema: a mente do ser humano. 
Somos feitos da matéria da ingenuidade divina, da bondade repentina e de impulsos controlados. Somos nós os grandes pensadores da nossa vida. Nós damos-lhe o destino que queremos, somos nós os construtores do nosso futuro. A vida é uma empreitada só nossa, transferindo para ela a nossa pessoa: abrindo uma porta aqui, derrubando uma parede ali e por aí adiante. 
O nosso futuro é construído na base dos nossos desejos, gostos e convicções. Transformamos a nossa vida num jogo de palavras, atitudes e gestos para continuarem a corresponder às expectativas por nós criadas. Nem sempre sai bem. Cometemos erros, e a desculpa é "somos humanos". Será desculpa suficiente? Não saberemos nós controlar os nossos impulsos ou a nossa racionalidade e tentar atingir um equilíbrio sereno e tranquilo para que possamos apreciar mais e melhor a nossa vida? Aquele conjunto de momentos relaxados e felizes?

A verdade é que, num ápice, tudo pode mudar. Depois, só nos resta arcar com as consequências. Vida é lixada, mas é assim.

for 1 second

Num segundo tudo muda, o que é que me deu?
Tudo apenas por algo que era teu
Irritado me sinto,
Confuso também,
podes-me bater mãe...
Eu mereço? se mereço...

Quando nao se sabe ser feliz,
é isto que se tem:
sentimento bloqueado
por um chafariz.

Poema de merda
pra descrever o que sinto
nao chegariam as palavras
para me encontrar neste labirinto;
arrependido desta situação
se soubesse o que sei agora
nao cederia àquele segundo de pressao.

Tudo arruinou
nada ficou
apenas desilusão e quebra de confiança
por favor, passas-me a balança?
pesa tudo o que te disse,
pesa tudo o que ouviste,
aponta o resultado
e saberás que estou triste.

Dava tudo mas tudo
para nao estar aqui
com isto dentro de mim
seria muito melhor
se tivesse ficado ali,
quieto e sossegado
a contemplar apenas
sem tocar, sem experimentar
sem nada.
Apenas estando.


"se o arrependimento matasse"
25/05/11

beautiful

meia-noite em Lisboa e 26ºC. Tempo abafado que nos deixa colados à roupa.
Colados ao sentimento? Tempo de reflexões frias em momentos quentes. Ver-te ao longe era só um pretexto para te sentir perto. O meu cérebro transpira de confusão. Desconcentrado tento organizar a confusão desorganizada que actualmente se concentra na minha vida. Viver no presente não é suficiente, preciso de estar um passo à frente, preciso de prever o que vai acontecer para me sentir seguro na minha gélida insegurança criada por situações escaldantes. Escalda-me a cabeça, escalda-me o coração, escalda-me a alma e o corpo. Tento arrefecer as ideias, tento promover a racionalidade, exalto à mente um pedaço de discernimento, de lucidez e de sapiência. O vento não sopra, não é um bom sinal. As notícias não chegam, são apenas dados abafados pelo calor do momento, imprecisos como as ondas de calor que se formam e que se deixam levar pela força do tempo.

Nada acontece por acaso.
Tudo tem uma razão de ser e de acontecer.
Aprende com cada momento, cresce com ele.
Diverte-te.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Volatilidade

Somos nós que impomos os limites do moral e do ético à nossa vida para nos podermos manobrar à vontade sem sentirmos um peso na consciência por estarmos a praticar o mal. Sinceridade? Demasiado difícil de utilizar em algumas situações. Somos todos a mesma merda. Demonstramos o nosso egoísmo nas situações mais críticas, só pensamos em nós quando não devemos e quando a situação nos é favorável. Terá esse egoísmo limites? Não. Somos nós que construímos os limites que nos fazem agir em conformidade com as nossas próprias regras, tentando sobreviver na teia de emoções falsas e ensaiadas que nós próprios criámos sem nos aperceber desse mesmo erro crasso que, normalmente, prejudica quem nos rodeia. Nem notamos o que estamos a fazer. Continuamos a viver na mentira. O mundo de ilusões em que estamos é tão giro, tão perfeito e tão tranquilo que não nos preocupamos com mais nada. O mundo é assim porque fomos nós que o criámos à nossa imagem, com as nossas características e acabamos por nos tornar, num ápice, em encenadores de uma bela peça que é a nossa vida.
Até que ponto seremos bons encenadores e continuaremos a dirigir bem a orquestra de emoções e de relações que toca harmoniosamente? Até nos tornarmos num instrumento tocado por outra orquestra numa peça diferente da nossa, com a qual nós não nos sentimos bem porque falta a nossa marca de egoísmo, de inveja e de mesquinhez.
Todos nós somos fruto das decisões que tomamos. É por isso que somos voláteis. Porque as nossas decisões também o são.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

oh well

Sei o  que quero. Sou suficientemente racional para saber o que quero, contudo não sei como lá chegar. Será tudo isto fruto do acaso? Ou isto é mesmo assim para cada um de nós? Tenho os neurónios em constante hora de ponta, não sei o que pensar de toda esta indefinição. Talvez isto seja o que tem de ser e eu não sou ninguém para controlar o que aí vem, mas não devíamos ser nós os donos do nosso destino? Tudo parece mudar a cada segundo; a cada minuto que passa tenho um estado de espírito diferente, a cada hora sinto coisas novas, a cada dia penso de maneira diferente. Será mesmo isto que quero? Estarei eu a seguir o caminho certo?  Odeio viver na indefinição em que estou a viver. Incerteza, dúvida, e até mesmo o desconhecido metem-se na minha vida, causando acidentes de percurso e que me dificultam o modo, que eu julgo que devia ser, simples de vida. Nada disto me faz sentido porque não sei se isto deveria acontecer. Será tudo isto uma aprendizagem? Aprenderei eu algo com isto? Será que isto me fará crescer? O que é que é suposto aprender daqui? A que conclusão devo chegar?
Tantas perguntas, tanta inquietação, tanto brainstorming...Para nada. Não serve de nada. Não encontro respostas para as minhas perguntas e questiono se algum dia as encontrarei.


trying to keep it simple, but simplicity is not good enough for me

segunda-feira, 4 de abril de 2011

non sense

Sabes o que é ter medo do nada?
Não saber o que aí vem e teres medo 
desse mesmo futuro
que é indefinido e imperceptível?
Saberes que ele chegará
mais rápido do que possas imaginar
e tu terás de saber lidar com ele
para poderes sequer sobreviver?
Tempo de preparação não existe
E faz todo sentido não existir
porque este futuro põe-te à prova
mostra quem tu realmente és
mostra o que realmente queres
e mostra quem realmente queres ser.
Por isso, ter medo é inevitável.
É normal teres medo do desconhecido, 
receio do improvável e sentires arrepios do que aí vem.
Porque esse futuro
tanto de pode trazer o nada ou o tudo.
Seja como for, deixa a Natureza seguir o seu curso natural
Aceita o que aí vem
E aproveita. Vive. Simplifica.
Sê sincero e honesto com tudo o que te rodeia
e assim serás feliz...
Mesmo que o teu futuro não o seja.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Mudança

Não posso acreditar na enormidade de coisas que mudaram de ontem para hoje. Sinto-me sozinho neste mar revolto de informação avultada e exagerada que envolve assustadoramente a nossa vida. Uma vaga de ondas que nos afogará, de todo, caso não saibamos acompanhar esta mudança, evoluindo ao longo do tempo, tentando esbracejar por mais uns minutos de vida. Questiono-me demasiado sob o porquê das coisas. Porquê tanta onda e para quê tanta mudança? Como é que tudo isto aconteceu? A vida é demasiada emocional e espontânea para o racionalismo radical em que me encontro. "Nem tudo tem explicação" penso, tentando contrariar o pragmatismo que me tolda a visão. Vejo que não consigo controlar tudo, vejo que não há explicação para tudo, vejo o "porque sim" e o "porque calhou" a ganhar formas avultadas na minha insatisfação permanente, constante e cada vez mais presente.
Pergunto-me novamente "Como é que tudo isto aconteceu?"; terei sido eu capaz de tão forte missão e ter, através de pequenos gestos e atitudes, alterado o meu destino para que chegasse ao ponto em que estou agora? Não faço a mínima ideia. E é isto que me lixa: não ter respostas.
Pela primeira vez, não me interessa disso para nada. Estou a tentar viver sem tantas perguntas, sem tanto racionalismo e sem tanta hesitação. Tentar aceitar que, efectivamente, existem coisas "porque sim" ou "porque calhou" e que não é preciso encontrar explicações para as mesmas, de tal forma que se torna inútil toda esta busca excessiva e cansativa de respostas para tudo o que mexe

O 'não quero saber' dá liberdade, a liberdade traz oportunidades e as oportunidades definem o futuro.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

pseudo










Perfection

à procura de uma inexistente perfeição.
Será que existe algo perfeito? Ou existem momentos muito bons? O que é um momento bom? Plena satisfação das necessidades por mais pequenas que sejam? Uma coca-cola com gelo e limão num fim de tarde, um gelado de menta numa noite quente ou um leite quente com chocolate  numa noite fria? Um abraço saudoso de um amigo que não vemos há imenso tempo? Sucesso profissional? Muito dinheiro? Compras? Amor? Sexo? Orgasmos?
Há uma excessiva preocupação em atingirmos a perfeição, seja de que forma for. Saber fazer (bem) as coisas: eficiência na eficácia. Frustração se ocorre o fracasso. Lutar para melhorar. Evoluir, aprender, escutar e tentar. Não parar. Treinar. Conseguir? Não...não foi perfeito. Eterna insatisfação. Viveremos felizes assim?
Mas...se não for assim, nesta sempre ausência de felicidade total e nos contentarmos em sermos medianos? em darmos apenas o q.b e em sermos vulgares...Trará isso felicidade? Quanto muito trás algum sossego, mas na sua retaguarda vem a apatia, a inércia, a normalidade...  E com isto a infelicidade!?
Valerá a pena lutarmos por sermos melhores? Até à exaustão? Nunca temos a consciência tranquila, sendo assim...Saberemos nós os nossos limites? Saberemos nós a altura certa para desistir? Achamos que nada é suficiente e que podemos fazer sempre mais e melhor. Será que conseguiremos? Damos voz ao ego que possuímos e tentamos provar que somos capazes. Teremos a estrutura mental para tal? Atingiremos o objectivo ao qual nos propusemos?

Vivemos na ilusão da perfeição - que possivelmente não existe. Fará sentido corrermos atrás de algo intangível, nada concreto e totalmente abstracto? Honestamente, não sei. Mas enquanto ninguém me disser o contrário, lutarei por ela durante toda a minha vida.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

????????????

Não sei se vou ou se me fico.
Não sei se arrisco ou se fico quieto.
Valerá a pena?
Não tenho a certeza.
Lembranças ocorrem-me e penso como tudo mudou,
Num vulto que fica e que vai.
Confunde-me os pensamentos
Tornam-se difusos, desfocados e dispersos
Nunca concretos e precisos
Ludibriando a diferente indiferença que sinto.
Sinto que quero
Sinto que penso
Sinto-me vivo.
Vivo numa gaiola de emoções
que se aprisionam paralelamente
a um perpendicular de sentimentos que não batem certo.
Não faz sentido.
Nada faz sentido.
Vejo tudo aquilo que eu não quero
Vejo tudo aquilo que não sinto
Bem ao longe, ao longe...
Oásis no deserto?
Não sei.
Tenho que experimentar para poder ter alguma certeza.