domingo, 14 de novembro de 2010

Apetece-me I

Apetece-me escrever. É 1 da manhã e já bocejei umas quantas vezes. Não quero ir para a cama e fico aqui a deambular pelas internets como se isto me trouxesse algo de novo e positivo para a vida. Vejo o facebook, leio algumas coisas, oiço música e pronto. Lembrei-me de ir ao blog. Tudo o que vem neste post não faz sentido. Não sei bem o que escrever, só sei que me apetece.

Realmente o que podemos esperar da vida é impressionante. Nada faz sentido, nada é por acaso, nada é porque sim, nada é porque não. Procuro respostas e não as encontro. Será que me enganei? Não costumo falhar neste tipo de coisas, mas se há coisa que aprendi nestes últimos tempos é que eu sou mesmo igual aos outros. Pensei que fosse diferente, mas afinal sou igual. Também fico pensativo sobre as coisas que acontecem e gostava de saber o porquê. Pensei que era sempre capaz de ver algo de positivo em tudo o que me acontece, por pior que seja a situação. A verdade é que vejo coisas bastante positivas, e estão mesmo em maior número do que as negativas, mas mesma assim isto lixa-me o esquema todo. Já nem estou triste, já só estou incrédulo e desiludido; passei do 80 para o 8 de uma forma surrealmente rápida. Pensei que tudo isto fosse diferente, a verdade é que não. E acho que é por isso que estou assim. Acho que andei um bocado offline do mundo até agora. Tenho uma mente complexa que nunca me permite estar completamente feliz. Até fui mais do que o habitual, e acho que me arrependo. Ou secalhar não, mas talvez sim. Mostrei-me demasiado, senti-me completamente à vontade num ambiente que eu agora sei que não é o meu. Ou secalhar até é. Mas acho que esta resposta nunca chegará. Se por um lado tento combater tudo isto e fazer uma forçinha para levar isto de ânimo leve, basta 1 referência para que seja tudo apagado. Procuro explicações e não as encontro porque secalhar nada faz sentido e nunca fará. Pelo menos para mim, sei que não vou encontrar uma explicação -daquelas que eu gosto- todas pipis, lógicas e coerentes. Porque secalhar não há. E se a vida é mesmo isto, feita de desventuras e caminhos atribulados, o equilibrio é a utopia em que quero acreditar. Acredito que o destino (qué'ssa merda!?) me vai trazer momentos bons e consequentemente maus. Porque se eu já tinha isto bem patente na minha vida: nada dura para sempre,  tudo tem um fim, por mais simples que seja a coisa e que tudo o que é bom tem qualquer coisa má que serve para que aprendamos e tiremos alguma ilacção sobre o assunto em questão; porque é que ainda sou dos otários que acredito que as pessoas não são facilmente influenciáveis? Mas o mundo, a sociedade, o ambiente exógeno que nos rodeia é tão forte e tão pressionante que se calhar até é normal...Ou não? Nós, no fundo, somos forçados a acreditar no que nos dizem, no que ouvimos, no que nos contam...Somos fruto de um brainstorming cultural e não temos nem um pingo de originalidade no corpo. Não há nada de diferente; a bem ou a mal, devagar ou depressa, de uma maneira ou de outra acabamos sempre por revelarmos a merda que somos. Se acreditava que ia ser tudo diferente, acabou tudo igual. Que é que posso fazer? Nada. Não podemos fazer nada. Temos de assistir a um festim de comportamentos e aos quais somos impotentes de criticar, de alterar, de mexer, de mudar ! Não depende de nós, porque se dependesse iríamos pôr isto bom só p'ra nós e os outros que se lixassem não é? Não somos todos assim? Uma cambada de egoístas? Só pensamos em nós e gozamos e aproveitamo-nos daqueles burrinhos que ainda são ingénuos e que ainda não acordaram para a vida. A vida é uma selva, e aqui manda o mais forte. "Welcome to the jungle" gritavam eles nos anos 80 e se vinte e tal anos depois se continua assim...Seremos nós fortes o suficiente para lutar por algo melhor? Uma selva mais justa? Mais igualitária? De que serve isso se nós somos egoístas e se só queremos o nosso bem e "tou-me cagando" p'rós outros?

Não serve de nada. Mas nem tudo foi em vão. É isto a que eu chamo evolução. Uma aprendizagem constante, por mais irritante que seja!

E nós estamos cá para isto mesmo, para sobreviver! Porque é essa a nossa função na vida: sobreviver. E basta fazer isso para sermos felizes!

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