quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Perfection

à procura de uma inexistente perfeição.
Será que existe algo perfeito? Ou existem momentos muito bons? O que é um momento bom? Plena satisfação das necessidades por mais pequenas que sejam? Uma coca-cola com gelo e limão num fim de tarde, um gelado de menta numa noite quente ou um leite quente com chocolate  numa noite fria? Um abraço saudoso de um amigo que não vemos há imenso tempo? Sucesso profissional? Muito dinheiro? Compras? Amor? Sexo? Orgasmos?
Há uma excessiva preocupação em atingirmos a perfeição, seja de que forma for. Saber fazer (bem) as coisas: eficiência na eficácia. Frustração se ocorre o fracasso. Lutar para melhorar. Evoluir, aprender, escutar e tentar. Não parar. Treinar. Conseguir? Não...não foi perfeito. Eterna insatisfação. Viveremos felizes assim?
Mas...se não for assim, nesta sempre ausência de felicidade total e nos contentarmos em sermos medianos? em darmos apenas o q.b e em sermos vulgares...Trará isso felicidade? Quanto muito trás algum sossego, mas na sua retaguarda vem a apatia, a inércia, a normalidade...  E com isto a infelicidade!?
Valerá a pena lutarmos por sermos melhores? Até à exaustão? Nunca temos a consciência tranquila, sendo assim...Saberemos nós os nossos limites? Saberemos nós a altura certa para desistir? Achamos que nada é suficiente e que podemos fazer sempre mais e melhor. Será que conseguiremos? Damos voz ao ego que possuímos e tentamos provar que somos capazes. Teremos a estrutura mental para tal? Atingiremos o objectivo ao qual nos propusemos?

Vivemos na ilusão da perfeição - que possivelmente não existe. Fará sentido corrermos atrás de algo intangível, nada concreto e totalmente abstracto? Honestamente, não sei. Mas enquanto ninguém me disser o contrário, lutarei por ela durante toda a minha vida.

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