Vives numa gaiola de emoções,
Não deixas que alguém se aproxime.
Puxas dos galões,
e fazes com que algo rime.
Estás só, submerso e amargurado.
O tempo vai passando, e a vida também.
De seguida, sentas-te um bocado
como se tivesses a procurar alguém.
Observas atentamente tudo o que te rodeia
Tentas perceber o que a vida te traz
uma proeza escrita numa epopeia
acutilante, astuta e mordaz.
Tudo o que aparece são fragmentos,
pedaços de uma perfeição inexistente.
Buscas algo completo, recheado e intenso;
Algo que te entusiasme mentalmente.
Mas, entretanto, deambulas de rua em rua,
da noite para o dia, da tarde para a manhã
Nada se assemelha verdadeiramente ao que buscas
Encontrarás, por certo, mais logo ou amanhã.
Amanhã é um novo dia, uma nova luz, um novo caminho!
Tudo surgirá de forma natural
De maneira violenta ou quiçá de mansinho.
A tua tarefa?
Torná-la tua, moldá-la e adaptá-la à tua imagem,
Para que esse oásis deixe de ser apenas uma miragem.
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